Perícia avança para identificar vítima e reforça provas contra suspeitos do assassinato de Emilly
DNA será usado para confirmar a identidade enquanto acusados confessam crime brutalO Departamento de Polícia Científica do Piauí realiza os exames necessários para confirmar oficialmente a identidade do corpo encontrado no último sábado (6), em uma área de mata na estrada da Alegria, Zona Sul de Teresina. A principal suspeita é de que se trata de Emilly Yasmyn Silva Oliveira, de 24 anos, desaparecida desde domingo (30).
Segundo o delegado Jorge Terceiro, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), dois homens — Hilton e Carlos Roberto — foram presos e confessaram o crime. Eles admitiram ter assassinado a jovem, incendiado o corpo e tentado ocultar o cadáver. As queimaduras levaram o corpo a um estágio esquelético, tornando necessário o exame de DNA para confirmação oficial.
O diretor do Departamento de Polícia Científica, perito-geral Antônio Nunes, explicou que o estado avançado de deterioração impõe desafios, mas há elementos suficientes para avançar na identificação.
“Não há impressões digitais, somente o esqueleto, o que dificulta a perícia. Vamos superar os obstáculos. Os dentes estão preservados e a polpa dentária é excelente para DNA. Com isso, conseguimos confirmar a identidade”, afirmou.
Para sustentar as provas, os peritos estão coletando material genético dos familiares. Uma amiga entregou ao DHPP a escova de dente usada por Emilly, e o pai da jovem já está em Teresina para auxiliar no processo.
“Fazemos a coleta de material de referência da família e confrontamos com o material encontrado. O inquérito aponta nesse sentido, mas precisamos confirmar tecnicamente”, disse Nunes.
A análise pode levar de três a sete dias, dependendo do estado do material biológico. Além do DNA, outros vestígios podem ser coletados no corpo e nas roupas, fortalecendo o conjunto de provas.
O corpo só será liberado após a conclusão dos exames que confirmem a identidade e o laudo de antropologia forense. “Não entregamos antes da confirmação, para evitar erros. Precisamos assegurar que pertence à família correta”, explicou o perito-geral.
Emilly, natural de Petrolina (PE), trabalhava como garota de programa e estava em Teresina atendendo clientes. Ela saiu no domingo para um atendimento e não retornou. De acordo com o DHPP, após a prisão, os suspeitos detalharam como cometeram o crime: um desentendimento sobre o valor combinado levou a uma discussão. Em seguida, a vítima foi imobilizada com um golpe no pescoço e asfixiada com um cabo. Depois, o corpo foi queimado.
O caso segue sendo investigado, e a expectativa é de que a prova pericial fortaleça o processo criminal, garantindo responsabilização rigorosa dos acusados.
Fonte: Revista40graus, DHPP e colaboradores
