Polícia Civil conclui inquérito e diz que morte de Alice em escola foi acidental
Alice Brasil morreu no dia 5 de agosto dentro da escola, na avenida Presidente KennedyO delegado Hugo Alcântara, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), concluiu inquérito e apontou que a morte de aluna Alice Brasil Sousa da Paz, de 4 anos, no colégio CEV, ocorreu de forma acidental e sem indícios de crime.
Alice Brasil morreu no dia 5 de agosto dentro da unidade da escola, na avenida Presidente Kennedy, quando uma penteadeira caiu e atingiu a menina que estava deitada no chão, provocando seu óbito. O fato aconteceu na brinquedoteca da escola. A criança chegou a ser socorrida, mas não resistiu.

O delegado encerrou a investigação sem indiciamento e recomendou o arquivamento do inquérito.
O Cidadeverde.com teve acesso à investigação em que a Polícia Civil informa que a materialidade do fato (óbito da criança) está consubstanciada nos autos através do laudo cadavérico, imagens cedidas pelo CEV, depoimentos testemunhais e demais laudos periciais.
No inquérito, a perícia classificou o ambiente onde Alice foi encontrada morta como de natureza "inidônea" e "não preservada" devido a alterações, como a limpeza e a reorganização dos objetos.
No entanto, os depoimentos mostram que não foi uma atitude de má-fé para comprometer a investigação.
“Não visualizamos, portanto, nenhuma conduta dolosa no sentido de levar a erro o perito através da limpeza do espaço, o que afasta a incidência do tipo penal de fraude processual”, diz a perícia.
O laudo de local também trouxe uma série de testes de estabilidade realizados com a penteadeira. “Os exames demonstraram que, em posição normal de uso, a penteadeira apresentava-se estável. No entanto, sua estabilidade não era uniforme, mostrando-se relativamente menor quando submetida a uma força exercida no sentido posterior (puxar para trás)”, diz o laudo.
A perícia mostrou que a segunda criança interagiu com a penteadeira por duas vezes e não ocorreu nada, e apenas na terceira vez que o imóvel tombou.
“As imagens da câmera de segurança foram coletadas em lapso temporal que possibilitou visualizar toda a dinâmica, desde momentos antes do fato, até a conclusão do trabalho pericial, o que reforça a ausência de dolo em ocultar fatos”, diz o laudo.
Os pais de Alice Brasil foram ouvidos no inquérito e fizeram uma série de questionamentos.
O delegado Hugo Alcântara chegou a prorrogar o inquérito, devido a novas diligências que foram sanadas nas últimas semana.
No inquérito, o delegado informou ainda que o colégio CEV cedeu vasto material para a conclusão do inquérito.
O Revista40graus deixa espaço aberto para a familía de Alice se manifestar seja de forma pessoal ou por representante constituído via 86-99850-1234.
Fonte: Revista40graus e colaboradores