Trader suspeito de golpe milionário com mais de 300 vítimas depõe online à polícia
Fora do país, investigado por esquema no Piauí e Maranhão prestou depoimento no início de julhoEm entrevista online com a Polícia Civil, o trader e empresário Francisco das Chagas Chaves da Silva, apontado como autor de um golpe financeiro milionário, finalmente prestou depoimento no dia 1º de julho. O caso envolve mais de 300 vítimas espalhadas entre Piauí e Maranhão, que teriam investido altos valores em uma empresa com promessas de lucro fácil e retorno garantido.
Francisco, que está fora do Brasil, alegou medo de represálias para não retornar ao país. Ele foi ouvido de forma remota após ser oficialmente apresentado por seu advogado. A investigação gira em torno da empresa Xtreme Trader LTDA, criada por ele para atrair clientes interessados em aplicar dinheiro na bolsa de valores, com promessas tentadoras: lucros fixos de 10% ao mês.

Mas tudo desmoronou quando, em junho, o empresário sumiu do mapa – e com ele, o dinheiro de centenas de pessoas que acreditaram no discurso de prosperidade fácil. Desde então, os prejuízos são acumulados, e os relatos de vítimas só aumentam.
Nos bastidores da investigação, os depoimentos indicam que o esquema funcionava como uma pirâmide financeira travestida de investimento de alto rendimento. A confiança era construída com estratégias sofisticadas de marketing digital, vídeos de ostentação e até reuniões presenciais que davam ares de legalidade à operação.
A Polícia Civil do Piauí conduz o caso sob sigilo, mas fontes revelam que o inquérito está robusto e já reúne provas suficientes para apontar fraude financeira, estelionato e possível lavagem de dinheiro. O nome de Francisco Chaves já circula em grupos de investidores como símbolo de desilusão e alerta.
Enquanto isso, as vítimas tentam reorganizar suas vidas — algumas perderam economias de uma vida inteira. A revolta é geral, mas também há um apelo por justiça.
“Ele destruiu famílias com a lábia e o carisma. A gente quer que ele responda, nem que seja lá de fora”, disse uma das vítimas, que preferiu não se identificar.
A expectativa agora é que, com o avanço das investigações, a Justiça possa pedir a extradição do suspeito ou, pelo menos, bloquear os bens vinculados à empresa para tentar minimizar os danos causados.
O Revista 40 Graus segue acompanhando o caso, ouvindo vítimas e cobrando respostas. Porque o calor da notícia aqui nunca esfria.
Fonte: Revista 40 graus