Famílias da Chacina da Meruoca têm pensão vitalícia garantida desde 2014
Direitos às pensões foram garantidos há mais de 10 anos; nova proposta busca reajustar valor
O Deputado Estadual Marden Menezes esclareceu, nesta terça-feira (7), que as famílias das vítimas da chacina da Meruoca, ocorrida em uma região próxima à José de Freitas, em 1999, já possuem direito assegurado por lei à indenização e pensão vitalícia desde 2014. “Desde essa época, lutamos para que [os autores] dessa tragédia não ficasse[m] impune[s] e que as famílias pudessem ser ressarcidas do ponto de vista material, já que a vida humana não pode ser devolvida”, afirma Marden Menezes.
A Lei, de autoria do deputado, assegura pensão mensal e individual de dois salários mínimos vigentes aos trezes beneficiários. São eles: Maria do Carmo da Silva Barreto, Marciel Barreto de Sousa e Mikael Barreto de Sousa, viúva e filhos da vítima Manoel Pereira de Sousa; Maria Inês Cronemberger, Sabrina Borges Cronemberger, Rodrigo Paulo Cronemberger e Samanta Caroline, viúva e filhos da vítima Luís Paulo Cronemberger; Aldemara Raquel da Cunha, mãe da vítima Aires José da Cunha; Valdênia da Silva, Kênia Marcília da Silva, Carla Priscila da Silva, Pamella Laisla da Silva e Débora Caroline da Silva, viúva e filhos da vítima Vanderli Correia da Silva.
O esclarecimento ocorre em meio à aprovação de um indicativo de projeto de lei, de autoria da Deputada Estadual Ana Paula (MDB-PI), que propõe o reajuste dos valores pagos atualmente às famílias para cinco salários mínimos vigentes, além do direito ao convênio do PLAMTA/IASPI, em condições equivalentes às dos servidores públicos estaduais. Alguns veículos de imprensa, no entanto, noticiaram, de maneira equivocada, que essa proposta seria a primeira iniciativa voltada à reparação das vítimas. Marden Menezes rebateu a informação e reforçou que os direitos já estão garantidos há mais de uma década.
A chacina
Em 16 de janeiro de 1999, três empresários e um motorista realizavam uma caçada por volta da meia-noite, em uma área de canaviais situada entre as cidades de Teresina, José de Freitas e União, conhecida como Meruoca. Durante a atividade, eles foram confundidos com assaltantes de banco e acabaram sendo executados a tiros por policiais civis e militares. A versão inicial apresentada pela Polícia afirmava que, durante uma perseguição, os agentes haviam trocado tiros com suspeitos de assalto e os matado no confronto. Contudo, em uma coletiva de imprensa posterior, o então Secretário de Segurança reconheceu que as vítimas eram inocentes e que houve um erro por parte das forças de segurança. O caso recebeu ampla cobertura da mídia e gerou grande repercussão pública. Como consequência, apenas um policial civil foi expulso da corporação, enquanto os demais policiais militares continuaram exercendo suas funções normalmente.
Fonte: Revista 40 graus