Justiça Eleitoral condena Marçal e determina inelegibilidade por 8 anos

O ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), foi condenado pela Justiça Eleitoral por abuso de poder político e econômico. A decisão, assinada pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral, torna Marçal inelegível até 2032.

A sentença, divulgada nessa sexta-feira (21), atendeu parcialmente às ações movidas pela campanha de Guilherme Boulos (PSOL) e pelo PSB, partido que teve Tabata Amaral como candidata na disputa municipal.

Venda de apoio político

A condenação está relacionada à publicação de um vídeo, em 28 de setembro, no qual Marçal oferecia apoio a candidatos "de direita" mediante pagamento de R$ 5.000 via Pix. O material, divulgado no Instagram, direcionava os interessados para um formulário. O magistrado entendeu que o político comercializou sua influência, configurando uma prática ilícita.

Foto: Reprodução/Instagram

Pablo Marçal

Além disso, a Justiça considerou que a posição de Marçal dentro do partido facilitou a prática, caracterizando abuso de poder político. Na decisão, o juiz ressaltou que a conduta compromete a legitimidade do processo eleitoral e viola normas sobre financiamento de campanha.

Defesa e possível recurso

Em nota, Marçal afirmou que produziu "milhares de vídeos de apoio político para candidatos" e que não recebeu dinheiro em troca de apoio financeiro, conforme sua prestação de contas. Ele declarou confiar na Justiça e acredita que a situação será esclarecida durante o processo de recurso.

Apesar da condenação, Marçal tem se posicionado como pré-candidato à Presidência da República em 2026.