Vereador Franciner Zuza é condenado por associação ao tráfico de drogas no Piauí

O vereador Francisco das Chagas, conhecido como “Franciner Zuza” (REP), do município de Sigefredo Pacheco, foi condenado a três anos de prisão pelo crime de associação para o tráfico de drogas, além do pagamento de 700 dias-multa.

A sentença foi proferida pelo juiz Leonardo Trigueiro, que também condenou outros três envolvidos: Ronaldo Pereira de Oliveira (irmão do vereador), Ana Paula dos Santos Pereira e Francisco José Araújo de Moura. Segundo as investigações, o grupo atuava em conjunto no tráfico de entorpecentes, o que motivou uma operação da Polícia Civil do Piauí em 2017.

Foto: Reprodução

Vereador Franciner Zuza

Apesar da gravidade da condenação, Franciner Zuza continuará em liberdade, já que a pena foi convertida em medidas restritivas de direitos: prestação de serviços à comunidade e pagamento de prestação pecuniária.

Eleições 2024 e permanência no cargo

Mesmo condenado, o vereador permanece no exercício do mandato, representando o município e recebendo recursos públicos. Nas eleições de 2020, foi o sétimo mais votado para a Câmara Municipal de Sigefredo Pacheco, com 481 votos.

Casos recorrentes no Piauí e no Brasil

O caso de Franciner não é isolado. Recentemente, a vereadora de Teresina, Tatiana Medeiros (PSB), foi presa sob suspeita de envolvimento com o Bonde dos 40, uma das facções criminosas mais violentas do Nordeste. Segundo a investigação, ela teria recebido apoio financeiro do grupo durante a campanha eleitoral e usado uma ONG de fachada para lavagem de dinheiro.

Situações semelhantes vêm sendo registradas em outros estados brasileiros. No Rio de Janeiro, diversos parlamentares já foram detidos por vínculos com milícias. Em São Paulo, há investigações em curso sobre candidatos supostamente financiados por facções como o PCC. Esses episódios revelam um padrão preocupante: a infiltração do crime organizado nas estruturas políticas locais como forma de garantir proteção e expandir áreas de atuação.