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Anvisa interdita clínicas e apreende produtos irregulares durante fiscalização

Fiscalização da Vigilância Sanitária de forma integrada, ANVISA, DIVISA/SESAPI, GEVISA/FMS
Redação

Uma operação conjunta de fiscalização realizada esta semana em Teresina resultou na interdição de duas clínicas de estética e na apreensão de diversos produtos irregulares. A ação foi coordenada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com apoio da Vigilância Sanitária do Estado (Divisa/Sesapi) e da Gerência de Vigilância Sanitária do Município (Gevisa).

Foto: SESAPIFiscalização da Vigilância Sanitária de forma integrada, ANVISA,DIVISA/SESAPI, GEVISA/FMS de Teresina
Fiscalização da Vigilância Sanitária de forma integrada, ANVISA,DIVISA/SESAPI, GEVISA/FMS de Teresina

Durante dois dias de operação, 20 estabelecimentos foram inspecionados nas zonas Leste e Sul da capital. As equipes identificaram uma série de irregularidades, entre elas o uso de produtos vencidos, materiais sem registro na Anvisa, reutilização de itens de uso único, armazenamento de medicamentos ao lado de bebidas alcoólicas, descarte inadequado de resíduos infectantes e falhas no reprocessamento de equipamentos usados em procedimentos invasivos.

De acordo com a gerente da Gevisa, Jeanyne dos Santos, que acompanhou a ação, um dos pontos mais graves foi o uso indevido de seringas que deveriam ser descartadas após o uso. “Muitos estabelecimentos estavam guardando seringas após a aplicação para usar novamente, o que é terminantemente proibido. Também nos deparamos com uma grande quantidade de produtos vencidos, o que nos chocou bastante”, relatou.

Ela destacou ainda que em algumas clínicas, seringas e ampolas vazias eram utilizadas como objetos de decoração. “As clínicas, para mostrar que faziam muitos procedimentos, guardavam frascos e seringas em displays de vidro ou até em quadros. Isso é proibido. Quando é resíduo de saúde, deve ser descartado corretamente”, explicou.

Outra irregularidade observada pelas equipes foi o armazenamento inadequado de medicamentos. “As clínicas precisam ter uma geladeira exclusiva para os produtos utilizados. Mas encontramos alimentos e até garrafas de champanhe dentro da geladeira junto com os medicamentos. Isso compromete o controle da temperatura, essencial para a conservação dos insumos”, alertou Jeanyne.

A maioria dos locais foi autuada e recebeu prazos para se adequar às normas sanitárias. Os produtos irregulares foram apreendidos e os responsáveis, notificados.

Segundo Sidarta Figueredo, fiscal e especialista da Anvisa, o objetivo da ação é reduzir os riscos associados aos serviços oferecidos por clínicas de estética, que têm se popularizado rapidamente. “A Vigilância Sanitária está atuando para diminuir os riscos relacionados a esses tipos de serviços que estão tão em moda e divulgados de forma tão intensa”, afirmou.

A diretora da Vigilância Sanitária do Estado, Tatiana Chaves, destacou a importância da atuação coordenada entre os entes federais, estaduais e municipais. “Essa integração fortalece a fiscalização e promove maior efetividade na proteção da saúde da população. É uma estratégia essencial para coibir irregularidades e garantir serviços mais seguros”, disse.

Jeanyne dos Santos também orientou os consumidores a exigirem o alvará sanitário dos estabelecimentos. “Muitos dos locais interditados sequer possuíam licença sanitária, embora estivessem ativos nas redes sociais. O documento deve estar visível ao público e pode, e deve, ser solicitado pelo cliente”, reforçou.

As empresas notificadas deverão regularizar sua situação junto à vigilância municipal, responsável pela fiscalização em Teresina. A Gevisa fará nova vistoria para verificar se as adequações exigidas foram realizadas.

Fonte: Revista40graus e colaboradores

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