OMS recomenda lenacapavir como nova opção injetável para prevenção do HIV
Recomendação foi anunciada durante conferência em Ruanda
A Organização Mundial da Saúde (OMS) agora recomenda o uso de lenacapavir, medicamento injetável recém-aprovado para prevenção do HIV, como ferramenta nas estratégias de combate à prevenção pelo vírus, principalmente para grupos mais vulneráveis e regiões onde a carga do HIV ainda é elevada.
O anúncio foi feito durante a 13ª Conferência da Sociedade Internacional de Aids sobre Ciência do HIV, realizada em Ruanda. A recomendação surge cerca de um mês após a aprovação do lenacapavir pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, como uma injeção semestral para prevenção do vírus.
O medicamento havia sido aprovado em 2022 para o tratamento de infecções específicas por HIV e demonstrou reduzir eficientemente o risco de infecção, além de oferecer uma proteção quase total contra o vírus.
“A primeira recomendação é que o lenacapavir, uma injeção de ação prolongada, seja oferecido como mais uma opção de prevenção para pessoas em risco de HIV, como parte de uma estratégia combinada de prevenção. Trata-se de uma recomendação forte, com nível moderado a alto de certeza nas evidências”, explicou a doutora Meg Doherty, diretora do Departamento de Programas Globais de HIV, Hepatites e Infecções Sexualmente Transmissíveis da OMS.
A segunda recomendação se baseia no uso de testes rápidos para triagem do HIV no período inicial, durante o uso ou ao descontinuar o uso de medicamentos de prevenção de longa duração, denominados profilaxia pré-exposição (Prep).
A injeção semestral surge como uma nova opção para prevenção - não apenas nos EUA, mas no mundo todo.
“O LEN [lenacapavir] é uma opção injetável a cada seis meses e pode ser especialmente atraente para pessoas que preferem menos visitas à clínica ou que enfrentam dificuldades com a PrEP oral diária. [...] Ele pode melhorar a adesão e alcançar mais pessoas que precisam de prevenção contra o HIV, inclusive grávidas e lactantes”, afirmou Doherty.
Fonte: Reprodução | Folha de S. Paulo | CNN