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Veneno de marimbondo pode ajudar no tratamento do Alzheimer, aponta pesquisa

Peptídeo Octovespina reduz o acúmulo da proteína ligada à doença e avança rumo a testes clínicos

Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) descobriram que um composto presente no veneno de marimbondo pode retardar o avanço do Alzheimer. O estudo, coordenado pela professora Luana Cristina Camargo, do Instituto de Psicologia da UnB, identificou no peptídeo Octovespina um potencial aliado no combate à doença neurodegenerativa.

Segundo os cientistas, a Octovespina atua sobre o acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro — uma das principais causas do Alzheimer —, ajudando a reduzir seus efeitos tóxicos sobre os neurônios. A molécula foi adaptada a partir de compostos já conhecidos por apresentarem propriedades neuroativas.

A pesquisa, que ainda está em fase pré-clínica, busca avançar para testes em pacientes nos próximos anos. O projeto recebeu financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) e apoio do governo federal, com um investimento de R$ 1,1 milhão para continuidade dos estudos.

Foto: Tempo.comVeneno de marimbondo pode ajudar no tratamento do Alzheimer, aponta pesquisa da UnB
Veneno de marimbondo pode ajudar no tratamento do Alzheimer, aponta pesquisa da UnB

A equipe da UnB já vinha se destacando por pesquisas com venenos de vespas do Cerrado brasileiro, tendo descoberto anteriormente um peptídeo com propriedades antitumorais promissoras para o tratamento de câncer de mama e melanoma.

Apesar dos resultados animadores, os pesquisadores reforçam que o uso terapêutico da Octovespina ainda depende de testes clínicos e avaliações de segurança. Mesmo assim, a descoberta abre novas perspectivas para o desenvolvimento de medicamentos inovadores a partir da biodiversidade brasileira.

Foto: UNB NoticiasEstudo identifica peptídeo capaz de reduzir o acúmulo de proteína associada à doença e recebe investimento de R$ 1,1 milhão

Fonte: UNB

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