Instrutores protestam contra fim da obrigatoriedade de autoescolas
Categoria alerta para risco de desemprego e aumento de acidentes
RedaçãoInstrutores e diretores de autoescola realizaram, na manhã desta quinta-feira (23), um protesto em defesa da manutenção da obrigatoriedade da formação de condutores nas instituições (autoescolas). O ato ocorreu na avenida Marechal Castelo Branco.
A manifestação, segundo os próprios instrutores, possui caráter laboral e visa chamar a atenção dos governantes para o impacto social e econômico que o fim da obrigatoriedade pode causar.
Segundo Daniel Tavares, diretor de ensino e um dos organizadores do protesto, a mobilização é motivada pela defesa dos empregos de quem atua na área.
“A motivação é laboral e trata da defesa dos empregos e, consequentemente, do sustento das famílias. Hoje, o Brasil tem 15 mil empresas relacionadas a autoescolas e estas geram 300 mil empregos a nível nacional. A nível local, são 130 autoescolas que geram 5 mil empregos. Então, a partir do momento em que se exclui o processo de formação do condutor, o instrutor teórico e o instrutor prático perdem seus empregos, além do fechamento das empresas”, explicou.
Para a instrutora e diretora de ensino Ana Hortência Guimarães, da Autoescola Guimarães, os riscos à segurança no trânsito serão maiores caso haja o fim da obrigatoriedade das aulas.
“Além de prejudicar as famílias e uma massa de instrutores, isso vai afetar também o trânsito. Por quê? Porque eles [condutores] não vão procurar os formadores de condutores. As pessoas não podem aprender a dirigir em carros que não são sinalizados e que não possuem o duplo comando. Nós já temos dificuldades para dar aula para pessoas inexperientes com o duplo comando [no carro]. Sem o duplo comando, acidentes vão acontecer”, afirmou.