Alckmin comemora CNH mais barata: “Gol de placa sem goleiro”
Nova regra corta burocracia, reduz custos em até 80% e promete colocar milhões de brasileiros ao volante
RedaçãoO vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, decidiu que a hora de tirar carteira de motorista no Brasil não precisa parecer um reality show financeiro. Nesta terça-feira (9/12), ele celebrou a nova resolução do Contran que simplifica etapas, amplia formas de preparação e reduz em até 80% o custo da CNH — um gol de placa, nas palavras dele, com torcida popular e placar econômico.
A medida foi aprovada por unanimidade pelo Contran, retirando a obrigatoriedade de autoescola para realizar a prova de direção e abrindo caminho para quem quer dirigir, mas não pode gastar R$ 4 mil ou R$ 5 mil só para começar. “A CNH tem que ser um certificado de habilidade e não um impedimento à mobilidade”, comentou Alckmin, lembrando que o volante não deveria ser item de luxo.
Segundo a Senatran, 20 milhões de brasileiros já dirigem sem habilitação e cerca de 30 milhões têm idade para ter o documento, mas não conseguem pagar por ele. A nova regra tenta transformar esse número em estatística positiva: menos papelada e mais motoristas dentro da lei.
Alckmin ainda aproveitou para mostrar que a desburocratização está virando hábito. Ele citou a taxa do taxímetro no Inmetro, que agora é zero e renovada de dois em dois anos. E lembrou que até frango exportado virou símbolo da faxina burocrática: antes era papel e R$ 166 por guia; hoje, certificado digital e custo zero.
Ele também destacou o Portal Único, que promete reduzir R$ 40 bilhões em gastos, e a Licença Flex, com validade de quatro anos. Se tudo continuar nesse ritmo, a fila da CNH pode virar história, e o brasileiro vai descobrir que dirigir custa menos do que decorar siglas de órgãos federais — o que já é uma vitória democrática.