Confira as oito sedes da Copa do Mundo Feminina de futebol no Brasil em 2027
Fifa anunciou a decisão nesta quarta. Competição entre 24 de junho e 25 de julho terá jogos em BeloBrasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza e Recife. Essas são as oito cidades que sediarão os jogos da Copa do Mundo Feminina Fifa 2027, que será realizada no Brasil e reunirá 32 seleções de todo o planeta. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 7 de maio, pelo presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Gianni Infantino, em sua conta no Instagram.

“A escolha foi muito difícil, pois todas as candidaturas apresentaram um nível excepcional. Uma jornada empolgante e inesquecível nos espera e, com o futebol feminino se unindo pela primeira vez na América do Sul graças ao Brasil, estou entusiasmado para trabalhar junto com todas as cidades para fazer desta uma experiência memorável, que tenha um impacto positivo e duradouro”, afirmou o presidente da Fifa.
A partir de agora, as cidades selecionadas vão organizar eventos para celebrar a escolha, como iluminação de monumentos e pontos turísticos, coletivas de imprensa, ações nas redes sociais, celebrações nos estádios, e participação de atletas e lideranças locais, entre outras iniciativas de grande simbolismo para o esporte.
“O Brasil está pronto para fazer história. Essa é uma das etapas mais empolgantes rumo à Copa do Mundo Feminina de 2027. A definição das cidades-sede representa o momento em que o sonho começa a ganhar forma, com rostos, territórios, culturas e histórias que vão fazer parte dessa festa coletiva. Lugares que já respiram esporte e terão a oportunidade de deixar um legado transformador para suas cidades e próximas gerações”, afirmou o ministro do Esporte, André Fufuca.
ESTRATÉGIA NACIONAL – O Ministério do Esporte lidera a Estratégia Nacional para o Futebol Feminino, com ações que reforçam o compromisso do Poder Executivo em fomentar o protagonismo feminino no esporte e em outros setores da sociedade. “Queremos mostrar ao mundo que a paixão pelo futebol pode ser também uma ferramenta poderosa para promover igualdade, respeito e oportunidades, com a certeza de que esta será a Copa do Mundo Feminina mais impactante da história. Estamos falando de oportunidades para mulheres e meninas, de movimentar a economia local e de fazer do futebol uma ponte para o futuro. Vamos fazer história junto com nossas mulheres”, completou o ministro.
Segundo a diretora de Políticas de Futebol e de Promoção do Futebol Feminino do Ministério do Esporte, Marileia dos Santos, a “Michael Jackson”, o objetivo é que o legado chegue a cada canto do Brasil. “Já temos a Estratégia Nacional para o Futebol Feminino em andamento, que é um plano para fortalecer a base e incentivar mais meninas e mulheres a praticarem a modalidade, além de formar técnicas, árbitras e gestoras. Isso tudo vai se intensificar com a chegada da Copa. Queremos formar uma rede sólida, que permaneça muito além de 2027. A ideia é descentralizar, para que o impacto do futebol feminino floresça em todos os cantos do país”, explicou.
GRUPO DE TRABALHO – O Ministério do Esporte coordena o Grupo de Trabalho Interministerial encarregado de estruturar as condições necessárias para o Brasil sediar a competição. Também participaram da reunião integrantes dos ministérios da Fazenda, do Trabalho e Emprego e das Relações Exteriores, além da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e da Advocacia-Geral da União.
ESCOLHA – A competição é realizada a cada quatro anos desde a primeira edição, na China, em 1991, na qual os Estados Unidos derrotaram a Noruega na final. Desde então, o torneio teve sete países como sede e cinco seleções foram campeãs: Estados Unidos (quatro vezes), Alemanha (duas vezes), Noruega, Japão e Espanha (atual campeã). O Brasil, em maio de 2024, derrotou a candidatura conjunta de Alemanha, Bélgica e Holanda e foi escolhido para sediar, pela primeira vez na história, a Copa do Mundo.
PARTICIPANTES – O torneio contará com 32 seleções: seis vagas diretas para a Ásia, quatro vagas diretas para a África, quatro vagas diretas para a América do Norte e Central, quatro vagas diretas para a América do Sul (Brasil, país-sede, está classificado automaticamente), uma vaga direta para Oceania e 11 vagas diretas para a Europa. As outras três vagas serão decididas por meio do Torneio de Classificação para a Copa do Mundo Feminina da FIFA Brasil 2027.
TÍTULO INÉDITO - Atual vice-campeã olímpica, a seleção feminina busca na Copa do Mundo um título inédito. O melhor resultado brasileiro foi o vice-campeonato em 2007, em decisão perdida para a Alemanha. Se o Brasil não tem ainda um título, tem a artilheira da história dos Mundiais. A rainha Marta soma 17 gols na competição.
RECORDE – O Brasil vai estender seu recorde de participações na Copa feminina, após ter jogado todas as primeiras nove edições do torneio, indo agora para a décima. Alemanha, Estados Unidos, Japão, Nigéria, Noruega e Suécia também podem igualar essa marca. Em relação às atletas, Formiga disputou sete Copas do Mundo Femininas, algo sem precedentes na história do esporte. A zagueira nigeriana Onome Ebi e a craque brasileira Marta somaram seis.
Jogadoras com mais partidas pela Copa do Mundo Feminina
1. Kristine Lilly (EUA): 30
2. Formiga (BRA): 27
3. Abby Wambach (EUA): 25
3. Carli Lloyd (EUA): 25
5. Julie Foudy (EUA): 24
5. Homare Sawa (JPN): 24
5. Birgit Prinz (ALE): 24
5. Christine Sinclair (CAN): 24
Maiores artilheiras da história da Copa do Mundo Feminina
1. Marta (BRA): 17
2. Birgit Prinz (ALE:) 14
2. Abby Wambach (EUA): 14
4. Michelle Akers (EUA): 12
5. Cristiane (BRA): 11
5. Sun Wen (CHN): 11
5. Bettina Wiegmann (ALE) 11