Suspeito no Piauí é investigado por golpes em operação nacional
Dinheiro do golpe circulou por 13 contas bancáriasA cidade de Teresina foi uma das rotas da Operação Reversus, deflagrada nesta terça-feira (15), para desarticular uma quadrilha especializada em fraudes eletrônicas, na modalidade conhecida como "falso intermediário". O grupo atuava em vários estados e aplicava golpes por meio de anúncios falsos de vendas de veículos e gado nas redes sociais. O responsável pela publicação desses anúncios teve a prisão decretada na capital do Piauí.

A operação foi realizada pela Delegacia de Defraudações (DDEF) em parceria com a Polícia Civil do Mato Grosso. As diligências ocorreram no Rio de Janeiro, Mato Grosso, Piauí e Minas Gerais.
Sete pessoas foram presas no estado do Rio. Além dos mandados de prisão e de busca e apreensão, a Justiça também determinou o sequestro de bens no valor de até R$ 100 mil por investigado e bloqueou contas bancárias que, somadas, podem chegar a R$ 2,7 milhões.
Segundo a polícia, o golpe que deu origem à investigação ocorreu em janeiro deste ano, em Cuiabá. A vítima acreditou estar comprando um carro por meio de um anúncio em uma rede social e foi induzida a conversar com um suposto intermediador, que se passou por advogado. O prejuízo foi de R$ 45 mil transferidos via Pix.
O autor intelectual do esquema já cumpre pena de mais de 40 anos de prisão em Cuiabá por crimes como homicídio, tráfico e roubo. Mas a investigação descobriu que o responsável por publicar o anúncio fraudulento estava em Teresina e teve a sua prisão decretada.
As investigações revelaram que o dinheiro do golpe circulou por 13 contas bancárias no Rio de Janeiro antes de retornar a Cuiabá. Depois, os valores foram pulverizados novamente em outras 11 contas, até serem concentrados na conta de uma mulher, investigada por fraudes em Minas Gerais. Ela mora em um condomínio de luxo e é viúva de um homem com extensa ficha criminal, assassinado na fronteira com a Bolívia, onde o corpo e o veículo dele foram queimados.
O esquema criminoso é apontado pela polícia como uma operação complexa e bem organizada, com divisão de tarefas entre os membros e estratégias de movimentação financeira para dificultar o rastreio do dinheiro. A quadrilha vinha aplicando golpes em 2023 e 2024, com prejuízo que já ultrapassa R$ 800 mil.
Fonte: Revista40graus e colaboradores