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Blog voltado a Cultura, Inovação e o Empreendedorismo onde o repórter, Eloy Figueiredo deixará o leitor antenado com o momento e as tendências.

A despedida de Sam Rivers: o som, o silêncio e a luta contra a doença hepática

Baixista da Banda Limp Bizkit faleceu aos 48 anos após enfrentar complicações no fígado
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O rock perdeu mais que um músico — perdeu uma pulsação. Sam Rivers, lendário baixista e um dos fundadores do Limp Bizkit, morreu aos 48 anos, encerrando uma trajetória marcada por energia, excessos e resistência. A causa da morte não foi oficialmente confirmada, mas o artista enfrentava há anos complicações de uma doença hepática grave, resultado de um histórico de alcoolismo.

O anúncio foi feito pela banda nas redes sociais, em uma nota curta e dolorida: “Perdemos nosso irmão. Sam era o coração que fazia o Bizkit pulsar.”

Da ascensão meteórica ao colapso físico

Nos anos 1990, Rivers ajudou a moldar o som de uma geração. Seus grooves marcantes e presença de palco intensa foram fundamentais para o sucesso de álbuns como Significant Other (1999) e Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water (2000), que levaram o Limp Bizkit ao topo das paradas e aos maiores festivais do planeta.

Por trás da euforia das turnês e dos palcos lotados, porém, o corpo de Rivers começava a cobrar o preço. O músico revelou, em 2015, que sofria de uma doença hepática degenerativa causada pelo consumo excessivo de álcool. “Eu não percebia o que estava acontecendo comigo”, confessou em uma entrevista anos depois.

A pausa forçada e o renascimento

Afastado da banda por motivos de saúde, Sam passou por um transplante de fígado em 2017. A cirurgia lhe deu uma segunda chance — e ele a aproveitou. Voltou aos palcos com nova energia, mantendo a sobriedade e se tornando voz ativa na prevenção ao abuso de álcool entre artistas. “Ganhei uma vida nova. E com ela, uma nova forma de tocar”, declarou em 2018, ao retornar ao Limp Bizkit.

Uma despedida que ecoa

A morte de Rivers representa não apenas a perda de um integrante, mas o fim de um elo vital no som e na alma da banda. Fred Durst, vocalista do grupo, afirmou em comunicado que “o baixo de Sam era mais do que música — era alma pura traduzida em som”.

Mesmo fora dos holofotes, Sam Rivers seguiu influenciando gerações de baixistas com sua mistura de técnica, peso e groove. Seu legado atravessa o nu-metal, o funk e a fúria criativa que definiu o fim dos anos 90.

A mensagem final

A história de Rivers é também um lembrete sobre os limites humanos por trás do estrelato. Sua luta contra a doença hepática expõe a vulnerabilidade dos artistas em um meio que ainda romantiza o excesso.

Em vida, Sam transformou dor em ritmo. Agora, sua ausência transforma silêncio em reflexão — sobre saúde, equilíbrio e a urgência de se ouvir o próprio corpo antes que a música pare.

Foto: DivulgaçãoBaixista do Limp Bizkit faleceu aos 48 anos após enfrentar longa batalha contra complicações no fígado
Baixista do Limp Bizkit faleceu aos 48 anos após enfrentar longa batalha contra complicações no fígado

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