Combate ao desmatamento ilegal aplica cerca de R$ 2 milhões em multas
Operação Carcará 1
RedaçãoA Operação Carcará 1 aplicou cerca de R$ 2 milhões em multas a indivíduos suspeitos de desmatamento ilegal nas regiões Sudoeste e extremo Sul do Piauí. A operação realizada Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semarh) fiscalizou cerca de 2 mil hectares.
O auditor fiscal Francisco Mascarenhas afirmou que a operação foi deflagrada após o monitoramento que emite alerta sobre ações de desmatamento em áreas no Piauí.
“Nessas áreas o objetivo principal é a produção de grãos, a monocultura, soja e milho, e a pecuária. Na região do extremo Sul a pecuária é o objetivo. Então a operação foi uma continuidade as operações contra o desmatamento ilegal. Estas áreas, além dos responsáveis serem multados, elas são embargadas e o essas áreas ficam impedidas de realizar operações financeiras diante das instituições”, afirma o auditor.
Durante a operação a Delegacia de Simplício Mendes, acionou as equipes sobre a realização de transporte de madeira serrada ilegalmente. Segundo o auditor, a madeira tinha origem do estado do Pará e em sua carga haviam diversas espécies.
“Constatamos que de fato o veículo transportava a madeira serrada sem a devida documentação. Lavramos o auto de infração e também apreendemos o veículo e a carga”, explica.
Os municípios de Uruçuí, Ribeiro Goncalves, Baixa Grande do Ribeiro, Guadalupe, Landri Sales, Curimatá e Júlio Borges foram alguns dos municípios fiscalizados. Agora, a secretaria também já calcula o impacto ambiental nessas áreas. O auditor reforça o prejuízo e explica que leva um tempo considerável até que essas áreas sejam recuperadas.
“Durante o processo de licenciamento florestal, vários aspectos são observados. O impacto direto o solo, da fauna, da flora, e nessa ação ilegal é deixado de cumprir algumas obrigações, como por exemplo, o percentual de reserva legal, as medidas de afugentamento da fauna, em caso de acidentes com a fauna, o que fazer com os animais, algumas espécies protegidas da flora acabam sendo suprimidas sem autorização e compensação”, encerra o auditor.
Um relatório feito após a operação foi encaminhado ao Ministério Público do Piauí e pode agora haver investigação pela Delegacia do Meio Ambiente para responsabilizar os envolvidos.