Nordeste em Alta Voltagem
Consórcio Nordeste puxa a fila e celebra R$ 113 bilhões para a maior arrancada industrial da história
O Nordeste resolveu, mais uma vez, mostrar ao país que quando o assunto é desenvolvimento, não falta fôlego — nem vontade. Na maior chamada de crédito industrial já realizada no Brasil, a Chamada Nordeste da Nova Indústria Brasil (NIB), os nove estados da região emplacaram 189 projetos que somam espantosos R$ 113 bilhões em investimentos. Isso mesmo: quase 11 vezes o valor inicialmente previsto. Parece milagre? Não. É apenas o Consórcio Nordeste funcionando.
O anúncio foi feito durante a Assembleia Geral de Governadores em Teresina, em um cenário que mais parecia encontro de quem decidiu, finalmente, virar a chave da neoindustrialização. E com entusiasmo de sobra. Afinal, 74% dos projetos aprovados vêm de micro, pequenas e médias empresas, exatamente quem movimenta inovação, emprego e renda onde o desenvolvimento realmente acontece: na ponta.
Como reforçou o ministro Geraldo Alckmin, “a resposta do Nordeste é inquestionável”. De fato, quando abrem a porta do crédito, o Nordeste não só entra: ele arromba a sala com propostas robustas, tecnológicas e alinhadas ao futuro.
O governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Rafael Fonteles, não perdeu a oportunidade de lembrar que ampliar o crédito ao setor produtivo era uma das grandes bandeiras da sua gestão no colegiado. E agora tem números gigantescos para provar que a estratégia não era apenas justa — era necessária.
“Chegamos a R$ 113 bilhões. Nunca antes a industrialização nordestina viu algo assim”, celebrou Fonteles, destacando os investimentos em indústria verde, transição energética e bioeconomia, setores onde o Nordeste, há tempos, deixou de ser promessa para virar liderança.
A Chamada Nordeste foi construída com articulação inédita entre BNDES, Banco do Brasil, Caixa, BNB e Finep, com apoio técnico da Sudene e do Consórcio Nordeste — uma união de peso que colocou o desenvolvimento regional no centro da agenda econômica nacional.
Os projetos selecionados abrangem cinco áreas estratégicas:
- Transição energética e armazenamento – 59 propostas
- Bioeconomia e fármacos – 39 projetos
- Hidrogênio verde – 44 projetos
- Data center verde – 40 iniciativas
- Setor automotivo e máquinas agrícolas – 37 projetos
Para completar, a seleção envolveu cooperação com instituições de ciência e tecnologia em 77% das iniciativas. É o tipo de dado que deixa qualquer região invejosa — e que mostra que o Nordeste está longe de ser mero coadjuvante no mapa industrial brasileiro.
Agora, começa a fase dos Planos de Suporte Conjunto (PSC), uma espécie de guia estratégico que oferecerá às empresas as melhores linhas de crédito, subvenção e instrumentos adequados a cada projeto. E, para combinar com o ritmo acelerado da região, tudo será entregue antes do prazo.
No saldo geral, a mensagem é clara:
O Consórcio Nordeste não está apenas articulando investimentos. Ele está reposicionando o Nordeste no centro da economia brasileira, com ousadia, técnica e um toque irônico para quem ainda duvidava da força da região.