Sílvio Mendes afirma que meia passagem de ônibus deve aumentar
A afirmação foi realizada durante a coletiva de 100 dias da gestão do prefeito de TeresinaO prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (União Brasil), comentou, nesta sexta-feira (11), sobre os desafios enfrentados pelo sistema de transporte público da capital piauiense, destacando a defasagem da tarifa atual de ônibus e a ausência de uma política de tarifa social há décadas. “A tarifa de ônibus está defasada há muitos anos. Eles não têm uma tarifa social desde o tempo do professor Wall Ferraz. Independentemente da distância que se percorre usando transporte coletivo, você paga o mesmo valor. Em Recife, por exemplo, eles têm 8 ou 12 tarifas diferentes. Aqui não, é uma questão diferente”, afirmou o gestor.
Segundo Mendes, o valor cobrado atualmente gira em torno de R$ 1,35 ou R$ 1,45 para a meia passagem, o que, segundo ele, não é suficiente para financiar o sistema de transporte coletivo da cidade. “Essa discussão não está a ser feita como deveria. Ela até está a ser feita muitas vezes, mas com base num estudo muito limitado”, disse.

O prefeito defende que o debate sobre a tarifa deve envolver diferentes setores da gestão pública. “Eu acho que a tarifa tem de ser mais equilibrada, mas é preciso que se compreenda que isso é uma responsabilidade da Câmara Municipal, do Tribunal de Contas e da Prefeitura em resolver o sistema, sempre levando em conta o cidadão”, relatou.
Ao ser questionado sobre o aumento da meia passagem pela Revista40Graus, Sílvio Mendes afirmou que, em tese, sim. Ele destacou que o foco deve ser o equilíbrio do sistema e a garantia de acesso da população. Também chamou a atenção para a crescente preferência da população por veículos próprios, como motos, devido aos custos mais baixos e à facilidade de aquisição. “Por exemplo, há que pensar na equilibração dos horários e na possibilidade real de servir a população. Quem comprou uma moto dificilmente volta atrás. É muito mais barato e fácil comprar uma moto hoje em dia, porque a população está a optar pelo que é mais acessível”, concluiu.